
O Sistema de Elaboração e Análise de Projetos (SEAP)
consolidou-se como a ferramenta mais completa e universal para a modelagem
econômico-financeira de negócios no Brasil, sendo utilizado não apenas para
projetos destinados ao Banco do Nordeste (BNB), que é seu patrocinador,, mas
também por consultores que atendem o BNDES, DESENVOLVE SP, Banco do Brasil e
Banco da Amazônia,.
Para consultores e executivos que buscam alta produtividade
e qualidade na análise de viabilidade, dominar o SEAP é essencial. Este domínio
permite a universalização de técnicas aplicáveis a todos os bancos regionais
de desenvolvimento, uma vez que qualquer sistema de projetos deve seguir os
mesmos princípios universais,.
O domínio do SEAP pode ser alcançado seguindo uma
metodologia prática e estruturada. A seguir, apresentamos 7 passos cruciais
para acelerar sua análise de projetos utilizando este software:
Passo 1: Realize a Anamnese Empresarial e a Pré-Qualificação
O processo de captação de recursos bem-sucedido começa com a
seleção de clientes e a checagem das iniciativas empresariais. Para isso, a
metodologia sugere o uso do Roteiro de Anamnese Empresarial, conhecido
como os 12 Passos para Acessar o Crédito.
Este roteiro permite, em uma breve conversa (que pode levar
apenas 30 minutos), verificar se a empresa está apta ao crédito,
abrangendo a possibilidade de êxito do empreendimento financiado. A idoneidade
da empresa e seus sócios, a capacidade de pagamento, e a situação fiscal são
pontos críticos verificados nesta fase inicial.
Passo 2: Domine a Instalação e as Funções de Produtividade
O SEAP é disponibilizado gratuitamente pelo Banco do
Nordeste,, e sua concepção implementa conceitos universais de projetos
econômico-financeiros,.
Para máxima produtividade, familiarize-se com os recursos
básicos do sistema:
• A instalação (recomendando-se desativar o antivírus antes
de instalar).
• A duplicação completa de um projeto.
• Como fazer back-up da base de dados do SEAP.
• Como inserir sua logomarca personalizada nos relatórios.
• Os recursos que asseguram a máxima produtividade, como a
repetição de valores anuais utilizando a barra de espaço ou o botão copiar.
Passo 3: Prepare as Informações Quantitativas em Planilhas Auxiliares
Antes de lançar valores no sistema, utilize a técnica de
elaboração das memórias de cálculos,,. Essa é uma etapa fundamental da
metodologia.
As memórias de cálculo (geralmente em planilhas Excel) devem
estimar os Investimentos, Centros de Receitas, Centros de Custos e Despesas.
Esse processo permite simulações e testes das variáveis e garante que os
valores a serem transferidos para o SEAP (transferência simplificada) estejam
afinados e prontos para serem apresentados ao Agente Financeiro.
Passo 4: Lance os Dados nas Janelas e Módulos Essenciais
O SEAP registra valores e textos e comporta todo tipo de
projeto (industrial, comercial, serviços e agropecuário) e portes (pequeno,
médio e grande),. É crucial seguir a ordem correta de entrada de dados
para evitar falhas.
As informações mais importantes que vão para o SEAP envolvem
a análise retrospectiva (se disponível) e prospectiva, que inclui:
• Programa de Inversões (ou Plano de Investimentos):
Detalha itens fixos, semifixos e capital de giro,.
• Atividades e Produção: Cadastrando o volume máximo
de produção (capacidade de produção), o uso da capacidade instalada, e os
preços médios.
• Custos/Despesas: Lançando valores, atentando para a
correta classificação contábil. Custos como depreciação, manutenção e seguros
podem ser calculados automaticamente pelo sistema a partir de percentuais
aplicados sobre o patrimônio.
Passo 5: Foque na Viabilidade: Capacidade de Pagamento e Capital de Giro
O SEAP realiza cálculos complexos, e a questão crítica
a ser respondida com sua ajuda é: “A capacidade de pagamento é
suficiente para amortizar o financiamento?”.
• Capacidade de Pagamento (CP): Representa a margem
financeira das atividades da empresa, sendo o critério mais relevante para
aprovação do financiamento. O estudo da CP é crucial para a definição de prazo
e carência das operações.
• Capital de Giro (CG): O SEAP dimensiona a
necessidade de CG verificando o ciclo operacional e as políticas de
compras e vendas da empresa. O CG financiado pelo banco deve ser o valor
associado ao incremento dos investimentos fixos (e não déficits preexistentes).
Para demonstrar a simplicidade de sua utilização, é possível
realizar uma simulação rápida de um projeto no SEAP em apenas 5 minutos.
Passo 6: Consolide o Domínio com Estudos de Caso Práticos
O mergulho nos estudos de caso é fundamental para o domínio
sobre a ferramenta SEAP e a qualidade das informações geradas. O curso
enfatiza a realização de no mínimo 2 estudos de caso, incluindo
exercícios dos setores Industrial, Rural e Comercial.
Recomenda-se realizar o estudo de caso completo, pois ele
consolida o domínio, e jamais terceirizar esta tarefa, pois o mergulho
na prática favorece a qualidade do trabalho final. Após a conclusão dos
estudos, o SEAP passará a parecer “tão simples quanto navegar na
internet”.
Passo 7: Valide a Coerência e Gere os Relatórios Finais
O motivo primordial de devolução de projetos pelo Agente
Financeiro é a falta de aderência das informações do projeto à realidade.
Portanto, a validação é essencial.
• Coerência Descritiva vs. Quantitativa: Verifique a
coerência entre a parte descritiva (redigida, por exemplo, em um roteiro Word)
e os valores do SEAP, atentando para a coerência entre informações
quantitativas e descritivas.
• Geração de Relatórios: Utilize o Diagnóstico do
Projeto para checar se há pendências lógicas antes de enviar. Em seguida,
gere os relatórios obrigatórios (como Sumário, Usos e Fontes, Capacidade de
Pagamento, Mérito Econômico e Social).
• Entrega: Organize todo o material (parte
descritiva, relatórios do SEAP e anexos) para ser encaminhado ao Agente
Financeiro, preferencialmente em mídia digitalizada (CD ou pen drive).
